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Afeto Materno

  • Vera Lucia Bueno
  • 12 de mai. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 16 de mai. de 2020

Atenção, carinho e contato corporal várias vezes ao dia para que a criança se desenvolva com segurança emocional, essa é a "receita" dada por muitos pediatras e psicólogos, pois hoje se acredita que a criança terá uma vida mais saudável de acordo com o tipo de relacionamento estabelecido com seus pais, principalmente com a MÃE. O contato com o interior do corpo materno já pode ser considerado a base deste relacionamento. As emoções desta mulher, o que sente e pensa à respeito de sua gestação começam a estruturar a base de seu relacionamento com o novo ser. Acredito que a mudança hormonal que uma gravidez acarreta é, na verdade, pequena diante das transformações emocionais vivenciadas pela futura mamãe.

O tão esperado momento do nascimento, além das alegrias, também traz muitas dúvidas e ansiedades, pois até então foi fácil cuidar do filhote. O quarto do bebê está pronto, seu enxoval é lindo e cheiroso, os livros e revistas sobre bebês foram lidos... e agora? Ele vai chegar, e as dúvidas e inseguranças surgem... Serei capaz de cuidar? De educar? De amar? Este é o momento crucial para que a mãe encontre algo que facilite todas estas tarefas, e isso não será encontrado nos livros e revistas que leu, nem tão pouco na sabedoria do médico que a assiste. É algo que só as mães têm, alguns chamam de dom, outros de empatia, mas na verdade é puramente um instinto, o instinto maternal, que fará a futura mamãe se sentir segura para cuidar do seu filhote e dar à ele condições para um bom desenvolvimento emocional.

As orientações para a gestante devem ser sempre com o intuito de fortalecer seu vínculo com o bebê, fazendo com que ela se sinta segura e confortável em sua nova condição e, assim, preparar um meio saudável para que o bebê cresça com segurança e afeto. A mãe tem a condição natural de entender e atender às necessidades do bebê, mas tem que se sentir segura para usar seus instintos e fortalecer seu vínculo com seu filho. Pois muitas vezes terá que frustrar seu bebê sem que ele se sinta negligenciado, pois sua função também é de educar e, ainda assim, manter o vínculo afetivo. Na falta deste vínculo o bebê poderá adoecer. Muitos bebês se tornam nervosos por não conseguirem saciar suas necessidades plenamente, talvez porquê a mãe esteja sempre com pressa, fazendo muitas coisas ao mesmo tempo. Para ter um bebê é necessário saber que ele vai precisar do seu tempo, principalmente no primeiro ano de vida, onde desenvolverá as bases de seus vínculos afetivos. Durante os primeiros anos de vida a criança aprende a amar o outro, a dependência afetiva substitui a primeira dependência física. É através deste laço de dependência que a criança irá descobrir a necessidade de renunciar à satisfação direta de todos os seus desejos, aprenderá a suportar certas frustrações, a controlar sua agressividade para conservar o amor do outro. É necessário ter um equilíbrio entre as satisfações e frustrações que o bebê vivenciará e as mães devem saber a medida certa. Enfim, MÃE é uma santo remédio, mas também pode ter efeitos colaterais quando protege demais ou negligência o bebê. É preciso equilíbrio e confiança para apresentar o novo ser ao mundo.



 
 
 

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